Bruno Scornavacca: Da Ascensão com o KLB à Reinvenção na Música Eletrônica

Bruno Scornavacca, conhecido nacionalmente como Bruno do KLB, é parte essencial de um dos grupos pop mais marcantes do Brasil dos anos 2000. Ao lado dos irmãos Kiko e Leandro, sua trajetória sempre misturou família, música e reinvenção — elementos que continuam presentes até hoje, mesmo após mais de duas décadas desde o surgimento do trio.

O KLB nasceu oficialmente em 2000, mas a musicalidade dos irmãos já vinha sendo lapidada desde a infância. Antes da fama estrondosa, eles tocaram nas bandas The Fenders e Neon, experiências que moldaram a identidade sonora que mais tarde conquistaria o país. O primeiro álbum do KLB foi um fenômeno: mais de 1,5 milhão de cópias vendidas, hits que dominaram as rádios e uma estética que marcou toda uma geração.

Bruno, discreto e dedicado, sempre teve o papel de baixista, violonista e vocal de apoio dentro do grupo, mas sua presença era das mais marcantes. Ele era — e é — o músico de base, aquele que sustenta a harmonia, que entende a estrutura, que dá corpo ao som. Essa solidez, ao longo dos anos, o levou naturalmente para outro campo: a produção musical.

A banda viveu seu auge, experimentou novas fases, lançou discos, fez turnês gigantescas, passou por hiatos e retomadas. Nesse percurso, os irmãos consolidaram o KLB Studios, um dos maiores estúdios de gravação do país, construído com foco em profissionalismo, tecnologia e autonomia artística. Era ali que Bruno se encontrava — no silêncio controlado das paredes acústicas, onde som vira expressão e ideias se transformam em música.

Com o passar do tempo, enquanto Leandro e Kiko seguiam seus próprios caminhos, Bruno mergulhou cada vez mais fundo na produção e em sua inquietude criativa. Foi daí que nasceu seu projeto atual: Scorn, seu nome artístico na cena techno. Uma reinvenção ousada e original, que traz a bagagem melódica do KLB para o universo eletrônico. Em 2025, lançou o single “Magma”, marcando sua entrada oficial como produtor e artista eletrônico, um campo onde mostra liberdade, personalidade e maturidade musical.

Na vida pessoal, Bruno vive uma fase igualmente especial. É casado com Maria Luiza Prange, com quem divide uma relação de afeto e discrição. Juntos, são pais de Ravi e Ayla, seus dois filhos que ele faz questão de preservar da exposição excessiva. A família se tornou um porto seguro, e também motivo de inspiração — afinal, o músico sempre deixou claro que sua arte é reflexo direto de seu mundo interno.

Hoje, entre o legado do KLB, o estúdio que continua pulsando criatividade e o novo capítulo como Scorn, Bruno prova que artistas de verdade não param no tempo: eles se transformam. E no silêncio da sua caverna criativa — o estúdio — ele segue construindo caminhos que ecoam muito além das paredes.

Bruninho, apesar de passar muito tempo na caverna, não faz o tipo que precisa de tacape, é verdade; neste caso, a caverna é seu estúdio de criação musical, e a gente torce muito para que continue dando bons frutos.